marcelo martins

Em 2016, era Pozzobom e Cechin. Agora, no dia 29, será Pozzobom ou Cechin

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A realidade de quatro anos era totalmente diferente. À época, em 2016, o pleito à prefeitura de Santa Maria foi decidido também, em um inédito segundo turno, entre Jorge Pozzobom (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT). Naquele momento, o tucano tinha como candidato a vice, Sergio Cechin (Progressistas). A dobradinha foi determinante para que ambos desbancassem os petistas, naquela que foi a eleição mais disputada de todo o Brasil. Basta lembrar que eles venceram Valdeci por uma diferença ínfima de apenas 226 votos.

Cechin foi, durante a gestão do tucano, muito mais que um vice. Ele tinha uma atuação de articulador. Ou seja, era o elo, muitas vezes, entre o Executivo e o Legislativo. Até porque Cechin acumula seis passagens pela Câmara, e já presidiu a Casa. Porém, como a política é dinâmica, o 2020 veio e tem mostrado que esse é o ano em que o imprevisto e o impossível andam de mãos dadas pregando peças em todos.

EPISÓDIO
Pozzobom e Cechin, e vice-versa, eram, ao menos, pelos olhares de fora, como políticos que se complementavam. Ambos não escondiam o apreço um pelo outro, e verbalizavam ao público os elogios.

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Em meio à pandemia, aconteceu o episódio que foi o fim da relação entre os dois. Na noite de 18 de março, Cechin anunciou que concorreria ao Executivo municipal. Na mesma noite, Pozzobom estava em Porto Alegre, tratando da busca por leitos em função de uma pandemia que se anunciava, a da Covid-19. O tucano disse à coluna ter sido, inclusive, pego de surpresa com o anúncio do colega.

RETALIAÇÃO
Na sequência, no feriado da Páscoa, como era previsto, já que o PP havia optado por desembarcar do governo, veio a exoneração dos progressistas que ocupavam os chamados CCs (cargos em comissão). Estava definido o caminho para que a batalha fosse travada.

EMBATE
Veio, então, o período eleitoral e a tônica dos dois candidatos governistas ficou muito clara. Pozzobom optou por mostrar que deu enfrentamento à pandemia da Covid-19 e, principalmente, resolvendo problemas crônicos e estruturais da cidade. Ou seja, mesmo em meio às dificuldades, manteve a máquina em funcionamento com a contratação de mais de cinco centenas de educadores e, ainda, recuperando cifras milionárias de governos passados junto à União.

Cechin foi pelo caminho, até aqui, o mais acertado: apresentou as próprias credenciais. Soube explorar e, principalmente, dar a real dimensão do sobrenome Cechin. Desacreditado por alguns, e, ainda, rotulado de ser um nome da "velha política", o engenheiro civil mostrou que segue no páreo e que a política da proximidade surte efeito.

O fato é que, por mais que alguns digam que "não", a administração municipal - que tem Pozzobom e Cechin, como prefeito e vice, respectivamente - foi aprovada pelas urnas. Ao somar os percentuais de votos, mais de 50% disse "sim" ao projeto de governo que está sendo implementado desde 2016.

Até 31 de dezembro, os dois estarão, oficialmente (no papel), juntos. Depois, um deles dará início a um novo governo. Ou, então, seguirá dando sequência a um projeto já em curso.

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